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Conheça a heroína que salvou centenas de meninas do casamento infantil

Momento Lifetime
Por Lifetime Brasil el 23 de July de 2022 a las 00:30 HS
Conheça a heroína que salvou centenas de meninas do casamento infantil-0

Theresa Kachindamoto é uma dessas mulheres que servem de inspiração para todas nós por um mundo melhor. Ela ficou chocada ao ver meninas de 12 anos com filhos no colo no Malawi, na África, e decidiu mudar essa realidade chocante.

Theresa soube usar seu poder para isso: ela havia assumido como chefe do distrito de Dedza, por ser descendente de autoridades tradicionais, e sob seu comando estavam 900 mil pessoas.

Determinada, a chefe do distrito ganhou a reputação de "exterminadora" de casamentos infantis. Nos últimos três anos, ela acabou com mais de 850 uniões desse tipo, especialmente em áreas rurais.

Decisão radical

Theresa, primeiramente, tentou conversar com os pais das meninas para que eles não permitissem que as filhas casassem tão novas e deixassem a escola. Não obteve sucesso, já que os pais viam no casamento uma maneira de passar o peso do sustento da filha para o marido. Desta forma, a garota deixava a escola, passava a cuidar da casa e logo viriam os filhos.

Theresa precisou ser radical. Baixou uma lei que proíbe em sua região casamentos para quem tem menos de 18 anos. Ela reuniu os 50 subchefes do distrito para que todos assinassem um acordo que abolisse o casamento precoce e anulasse todos os casamentos infantis já realizados na área sob sua responsabilidade.

Rituais de iniciação

Fora isso, a líder também acabou com rituais para iniciação sexual das meninas, em que garotas com menos de sete anos aprendem como agradar aos homens, a fazer danças sensuais e até realizam atos sexuais.

A medida visa acabar com números tristes do país africano. Malawi tem uma das mais altas taxas de casamento infantil no mundo. Em 2012, metade de todas as meninas estavam casadas até os 18 anos, de acordo com as Nações Unidas. O casamento e a gravidez são as principais razões para o abandono da escola, o que leva apenas 45% das meninas dos país a cursarem até a 8ª série. Com pouco estudo, elas acabavam ficando mais vulneráveis à violência doméstica.

Ameaças

Por causa da sua luta, Theresa já chegou a receber ameaças de morte. Isso não a impede de seguir em frente. O que importa para ela é que as meninas continuem frequentando a escola. Até mesmo quando as garotas estão sem dinheiro para arcar com os custos, Theresa tira do próprio bolso para ajudar.

“Se elas forem educadas, elas podem ser e ter o que elas quiserem”, finaliza.

Confira abaixo um vídeo que as Nações Unidas fizeram sobre o tema... o final vai surpreender você!

Fontes: Bolsa de Mulher , Glamour , Al Jazeera